sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Quem sou eu?

Tenho 21 anos e sempre minto que tenho 18. Não porque foi a melhor fase da minha vida, mas por uma questão de auto estima mesmo. Quando pequena odiava meu nome, minhas orelhas e meus olhos. Sempre que vejo um pé de fora conto quantos dedos tem.
Não gosto quando falam de boca cheia, odeio o barulho que as pessoas fazem quando comem (inclusive eu), odeio bipolaridade, perfume doce, banana com comida e matemática.
Não gosto de sucrilhos e sorvete e não vejo nada de anormal nisso, é um assunto que me cansa, não deveria ser julgada por não gostar dessas coisas. 

Tenho medo de altura, roda gigante, alienígenas e barata, baratas me fazem desviar o caminho.
Uns me chamam de fresca, marrenta, cricri, arrogante, simpática, pirracenta, mimada, chata, fofa, meiga, doce, um anjo, princesa. Meu namorado me chama de linda e meiga, minha mãe diz que sou radical e exigente, meu pai diz que sou fio desencapado que liga a máquina de fazer doçuras. Eu não sei na verdade quem eu sou, mas sinto que sei que sou um tanto bem maior. Aprendo muito ouvindo música. Absorvo tudo o que ouço e me reconstruo todos os dias.
Romântica e maluca por chocolate, gosto de música indie e shows baratos. Meu objetivo é não passar pela vida e sim vivê-la, dica do ilustre Charlies Chaplin. Amo também Chico Buarque, Machado de Assis, a Voz do Vinicius e a melancolia de Vento no Litoral, do Renato.

Já tive um leão, tenho um blog secreto que não é segredo para ninguém, quero ter um macaco-prego, juro que minha geladeira é grande o suficiente para eu criar um pinguim, sonho em conhecer Veneza e ver cangurus.
Releio sempre que posso os textos que me foram dedicados, principalmente os de meu pai. Cada música que ouço tem um gosto diferente, um dia diferente, uma fase, uma lembrança doce ou amarga. Tem música que amo tanto que não ouço sempre que é para não enjoar.
Às vezes fico triste, mas geralmente sou alegrinha, triste é viver só de solidão. Aprendi que curtir a tristeza faz parte da vida, me ensina a crescer. Já cresci e mudei muito ouvindo música, foi ela quem me fez aceitar o que sou, a usar batom vermelho e as roupas que eu gosto.