quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Quando entrei na sala ela estava lixando as unhas do pé. Peguei o copo de cima da estante e sem levantar o rosto ela disse "já peguei água", coloquei o copo de volta e sai.
Todas as noites eu pego água para ela, mas ontem ela não quis.
Sentei no sofá e senti seu cheiro, não sei como ela consegue ter aquele cheiro tão gostoso, parece morango, ou outra coisa que cheira bem. Deve ser o creme cor-de-rosa que ela passa.
Olhei para ela mas não vi o seu rosto, o cabelo molhado o cobria me impedindo de contemplar sua beleza, e quando ela se levantou eu disfarcei olhando para a TV, ela deitou e se cobriu, estava brava.
Me deitei e virei, assisti um programa qualquer procurando diversão e ri para fingir que estava bem, na verdade eu nem me lembro o que estava passando só queria mesmo fingir que eu não me importava, tolo que fui.
Ela adormeceu antes que eu pudesse sentir seus lábios, aquela noite tão fria quanto estar na neve só de bermuda.



Borghetti, Maísa.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Por um mundo com mais amor

Onde é que mora o problema em amar e ser amado no século XXI?
Em fazer cartas românticas, loucuras de amor, perder tardes inteiras pensando num presente que faça o outro sorrir?
Qual o problema em gostar das coisas mais simples, mais românticas, mais sensíveis?
Eu, por exemplo, se ganhar um céu estrelado já está de bom tamanho. O que pode ser melhor que um céu estrelado?
Eu olho para cima ele me sorri, e eu devolvo o riso rindo, e se olho para o lado todos riem de mim e dizem "o céu não pode ser seu." como se realmente não pudesse.
O que será de mim se pensar que o impossível não me pertence? Me pertence quando eu quero que pertença.
E o céu me pertence, eu ganhei.
Quando pequena eu tinha um leão, ele morreu, e eu sempre choro quando conto essa história. Algumas pessoas acham fofo, outras me olham com reprovação como quem diz "você não tem mais 7 anos para dizer que o leão é seu." e eu nem ligo, o leão era meu, era todo meu. Eu o visitava sempre que meu pai me levava, penso que se hoje ele ainda estivesse vivo eu o visitaria todos os finais de semana.
Por que você não me levava para ver o Greg todos os finais de semana papai?
Quando eu tiver uma filha lhe darei uma árvore, e ela terá para sempre sombra e descanso. Se puxar à mim vai passar horas e horas escrevendo coisas tolas e escondendo dentro do caderno, não na última folha, mas nas do meio que ninguém nunca procura.
Ou um rio, e ela nunca se sentirá sozinha.
Para onde foi a sensibilidade e a esperança das pessoas?
Ou teriam se tornado humanos de mais e sensíveis de menos?
Esconderam os musicos, os poetas, os apaixonados. E o que restou? Músicas para os pés e só?
Amores sem sentido? Namoros sem paixão? Tardes acompanhadas, e frias?
"Andar de bicicleta é passeio de índio, isso eu fazia quando era criança com meus pais." é o que ouço para todo lado. Não se faz mais amores como nas músicas de Chico e Tom, as que cresci ouvindo e esperei por tanto tempo.
Se encontrei a minha metade é porque procurei, me fiz ser, o fiz ser ou o que?
Me sinto fora dos padrões, sou romântica de mais, dizem que o mal é da idade.
Entenda, só se pode amar e fazer cartas, loucuras, ser apaixonado até os 25, depois disso esqueça. Você não deve demonstrar afeto.
Ah, quero cervejas que embalem sambas e olhares apaixonados no fim da noite, deitados no chão olhando o céu ouvindo aquela música que toca só dentro da nossa cabeça. 
Com pedaços de papel entregues à alguém com açucar, com afeto. Essa modernidade toda está acabando o que chamamos de romantismo, o último romântico está cada vez mais perto.
Por um mundo menos moderno, um caderno e um lápis apontado.




Borghetti, Maísa.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Quem é você?

Agora eu te pergunto,
Quem é você que me faz ser delicada?
Que me faz ser "menininha fofa"?
Quem é você que cuida de mim feito uma criança?
Quem é você que consegue me deixar a vontade mesmo quando estou fora de casa?
Quem é você que me tem todos os SIMs e sabe a hora certa de me dizer não?
Que tem coragem de me abraçar quando estou brava com você?
Quem é você que me tirou todo o medo de ser feliz?
Que me fez ser quem eu sou, que me faz ser eu mesma?
Quem é você que me deixa dublar um cantor famoso descontroladamente no trânsito?
Você morre de vergonha de me ver cantando, e ao mesmo tempo sorri. Por quê? 
Quem é você que me faz perder o sono de tanta saudade que sinto quando fico 3 horas sem te ver?
Quem é você que me abraça forte porque chegou a hora de ir pra casa, e aliviado diz sorrindo "até amanhã"?
Quem é você que roubou meus pensamentos em tão pouco tempo?
É amigo? Namorado? Noivo? Futuro marido? É tudo isso junto?
Eu sei quem eu sou, mas e você?
Eu não sei, e quer saber? Não quero nem saber.
Inflo o peito feito um pombo e te digo quem você é agora, e quem vai ser para sempre.
Você é a coisa mais bonita com quem eu já vivi, e quero te ver sorrindo pelo resto de nossas vidas.




Borghetti, Maisa.
Quem é você que me faz perder a cabeça de tanto pensar?
Que chegou na minha vida sem avisar
Eh você que desperta a minha vontade de aproveitar o resto da vida e casar?
Quem é você que aparece sorrindo e  satisfaz o meu desejo?
Que me faz feliz sempre que eu te vejo 
Eh você que traz todo o amor do mundo em um so beijo?
Quem eh você que me faz ser
Tudo o que você quer e tudo o q vc precisa ?
Que ao mesmo tempo eh tudo o que eu sempre pedi
Eh com você que eu vou fugir longe daqui?
Eh de mim que você quer cuidar?
Eh com esse olhar que pra sempre vou te amar?
Eh do seu amor q eu procuro e preciso
Quem eh você agora q eu te peço isso?
Quer casar comigo?




Miguel, Guilherme Filippoff.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Quando nasce um poeta?

Quando nasce um poeta?
No momento em que sua mãe dá a luz, ou quando ele escreve suas primeiras palavras?
O poeta quando nasce chora ou recita sobre seus últimos nove meses?
Ainda criança, se tropeça e rala o joelho, ele corre pra mãe ou se agarra na primeira folha de papel que vê é descreve a dor que sente?
Quando nasce eu não sei, não sei
Mas quando escreve, só eu sei o amor que desperta.
Quanto encanto posto em linhas azuis de caderno espiral.
Não há samba que me prenda tanto quanto suas belas palavras
Que me descrevem os sentimentos.
Quando nasce o poeta eu não sei, não sei mesmo
O que sei é que com suas palavras fortes
Traz esperança para muitos de nós
O poeta é um milagre, que permite que acreditemos em outros milagres.
O poeta vê o menino descalço na rua de terra e sofre
Pega o menino pela mão e mostra a esperança
Apresenta o livro, confidente fiel
E através de suas letras em papel de pão
Mostra ao menino o mundo!


Texto de aniversário para o Poeta Sérgio Vaz.



Borghetti, Maísa.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Pela primeira vez senti vontade de sair do país
Quis ir pra onde ninguém me conhece, e recomeçar 
Para saber quem se importa comigo e o que acham de valor em mim
Nunca se sentiu assim?
Excluído da roda que você mesmo montou?
É como se você fosse apenas a ponte para que todos os seus amigos se encontrassem 
E quando eles se encontram não cabe mais você 
A roda se fecha e você sai, fica observando do lado de fora. 
Me fiz platéia.
Por mais amigos que eu tenha, me sinto sempre longe deles.

Estou fora do eixo
Não me visto como eu quero
Não falo o que eu quero
Não vivo o que eu quero 
Não sou eu mesma, sou o que está na vitrine.
Estou sentada em meio ao caos
Pensei ter descoberto quem eu sou, mas apenas descobri como não deveria ser.



Borghetti, Maísa.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Eu gosto quando a tristeza ecoa. Ela me pega pelas mãos e me leva para longe como se nada fosse perdido, como se nada fosse passado. Toda agonia, lágrimas, desespero, a nostalgia que sinto numa música ou um cheiro que traz a tona tudo o que vivi, tudo vale a pena.
O que seria de nós se não fossem as lembranças?
Tudo seria esquecido, o beijo proibido, o sorriso escondido, a saudade que apertou, o abraço que tanto acalmou. A lembrança que vem de um fim de tarde, um cheiro, uma voz, um vento norte que me faz tremer, me lembra do dia que senti frio e um braço quente me protegeu de tudo. É ela, é a lembrança quem faz tudo valer a pena, tudo o que foi ruim em um dado momento, vira bom, me faz sentir viva por ter sentido dor. Porque não existe dor mais intensa e bonita que a de saudade e de amor.



Borghetti, Maísa.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Estou ansiosa para a vida, é como se todos os meus sonhos tivessem se encontrado nessa fase e estivessem rondando a minha cabeça. Quando penso em um, o outro vem, quando decido o que fazer o outro logo atropela e as mãos começam a tremer, como se uma vida fosse pouca para realizar tudo o que quero. Para realizar o amor, o sonho, o projeto e a liberdade, no meu modo de pensar, preciso de alguns anos. A ânsia de viver tudo o que sonhei até aqui me amedronta, quando criança eu sonhava e não passava disso, sonhos que não saiam do meu travesseiro. Realizei meu primeiro projeto de vida, eu não conseguia acreditar, e quando finalmente entendi onde eu estava todos os outros sonhos corriam atrás de mim como se eu fosse obrigada a realizá-los também.
Hoje me sinto pressionada por eles, mesmo sabendo que todos devem ser realizados com calma. São projetos, vontades, desejos e aspirações. A música que me acalma é a mesma que me acelera, e me dá um norte de como devo seguir. Ficar parada me deixa aflita. O que ontem era panacéia, hoje é desespero, me sinto obrigada a realizar tudo isso. É como os minutos finais da prova para o vestibular, quando faltam 10 minutos e 3 questões que você não faz ideia de como resolver.
Meu lado amor, ou meu inteiro, me faz pensar somente com o coração e me emociona só de imaginar em conseguir realizar tudo o que quero, o coração que me entusiasma é o mesmo que me amedronta, acelera, desespera. O desespero não vem pelo medo de não conseguir, mas por ânsia de que seja feito logo.
Eu só queria levantar, fechar os olhos e dançar a música que me toca, ser livre como águia e voar para todos os lados até o momento em que sento, olho para o céu e deito. O silêncio que ontem respondia as minhas dúvidas, hoje a ecoam insanamente. É como se meus pés estivessem fora do chão e tentando pisar firme, é como se eu estivesse nas nuvens vendo a vida passar e não conseguindo descer.
O personagem que vos escreve não é mais um mero personagem, ele ganhou vida e é mais real do que já pôde ser um dia.



Borghetti, Maísa.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Como eu vejo o mundo



Foto: Maísa Borghetti
Eu não sou fotógrafa, mas eu fotografo. Tenho fotos de nuvens, árvores, trem, paisagens, copo de café. Eu fotografo coisas feias e bonitas porque acredito que tudo tem a sua beleza. A beleza está em todo lugar, o que muda é a forma como você vê.
Tem dias que eu acordo com outros olhos, eu vejo um vaso de planta no meu quintal e acho tão lindo e sensível, aquilo me passa uma mensagem, ele é um pedacinho da natureza no meu quintal. Ai eu abro a torneira para regar, eu dou água para a plantinha logo cedo que é o que eu faço quando me levanto, eu bebo um copo d'água e acho que a plantinha também quer.
Lembro que quando criança eu cobrava a minha mãe "mãe, qual o nome das suas plantas? Elas precisam de um nome.", eu adoro as plantas da minha mãe. Eu queria ter um jardim em casa, um pouquinho de terra para mexer no sábado de manhã, nós temos vários vasos no corredor que leva até o portão da rua, eles são o nosso jardim, a nossa natureza de todos os dias.
Tem dias que eu caminho até o ponto de ônibus olhando para o céu, as nuvens conversam comigo como se me dessem "Bom dia", com o sol brilhando no meu rosto eu mal posso abrir os olhos, e então eu pego o meu celular e fotografo, eu gosto de compartilhar esses momentos com meus amigos, eu gosto de mostrar que é bonito, que tudo é bonito quando você olha com bons olhos.
Devemos aproveitar esses momentos, essas fotos, o pouco de natureza que temos na cidade. Porque se os prédios da Av Paulista são bonitos, as árvores que vejo pelo vão do MASP são ainda mais.




Como eu vejo o mundo http://www.flickr.com/photos/103094895@N04/with/12213784204



Borghetti, Maísa.




terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Eu fui lá e as pessoas estavam estranhas. Quando não estavam sorrindo, estavam cantando. Mas o que me deixou mais intrigada foi um menino sentado num banco de madeira, ele estava com um livro aberto, ele estava lendo.



Borghetti, Maísa.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Como eu vejo que ele me vê.


Era terça-feira à noite e eu estava em uma loja de roupas. Parei e pensei no porquê eu estava ali, foi quando olhei para ela, o motivo pelo qual eu estava ali e pensei "Tudo bem é por ela, vale a pena, melhor não poderia ser.". Na verdade eu sempre penso nisso, a vontade de estar sempre presente para protegê-la e para amá-la é tanta, e a felicidade que fico quando estamos juntos me machuca de tão intensa e pura. Eu nunca fui assim, eu nunca gostei de salão de cabeleireiros e nem de ir em lojas de roupa, mas desde que ela apareceu na minha vida até comédia romântica eu assisto, tudo para deixá-la feliz.
Ela é a mulher mais perfeita que existe, é o sonho que sempre tive, é a mulher que esperei a minha vida inteira mesmo sem saber. Ela é linda, está sempre cheirosa mesmo depois de um dia inteiro de trabalho, tem um sorriso que me encanta e os olhos, ah os olhos dela, olhos de ressaca é a definição mais próxima que encontro para descrevê-la. Ela anda sem olhar para o chão e tropeça em tudo, anda cambaleando e toda linda, não sobe um lance de escada sem parar pelo menos duas vezes, e eu acompanho e até ameaço pegá-la no colo, na verdade essa é a minha vontade. Ela também é um pouco brava e me olha sério quando faço algo que a irrita, isso a deixa tão mais linda. O conjunto disso tudo resulta na doçura de menina/mulher que só ela tem.
Ela gosta de jogar vídeo game e brincar de lutinha, ela me pede aulas de boxe, ela ri sem parar quando ameaço fazer cócegas, ela canta enquanto estamos no trânsito e toca seus instrumentos imaginários, ela me mata de vergonha mas eu amo o jeito dela, ela é tão feliz e ao mesmo tempo adora músicas tristes, ela me mostrar músicas e um mundo diferente, o seu mundo imaginário. Ela quer ir para a Itália, ela planeja o nosso casamento e quando vejo, lá estou eu pensando em ir casar na Itália. Ela é linda, ela é única, ela é meiga brava, ela anda atropelando tudo e é por isso que quero sempre estar ao seu lado, para protegê-la e segurá-la pela mão todas as vezes que precisar, eu quero eternizá-la no braço, no coração e na vida.



Borghetti, Maísa.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Descobrindo Mustache e os Apaches

No dia 10/01, cheguei no trabalho e como de costume tomei meu café da manhã, chequei meus e-mails e  por acaso resolvi conferir a programação do MIS - Museu da Imagem e do Som. Vi algo sobre uma tal de Mustache e os Apaches, achei o nome legal e como boa curiosa fui pesquisar sobre e ouvir.
Logo na primeira música já me diverti, na segunda me apaixonei, na terceira amei, na quarta virei fã, na quinta compartilhei com os amigos, namorado e quis gritar ao mundo que eu descabelei o cabelo da Nega Lilu. No mesmo dia à noite eles fariam um show e fui, assim sem medo de me arrepender, com a certeza de que seria um ótimo show para abrir o ano. E não foi diferente.
Os meninos não me desapontaram, pelo contrário, eles me divertiram e encataram do começo ao fim, me deixaram com o mesmo sorriso que fiquei quando fui pela primeira vez ao cinema assistir 101 Dálmatas. O washboard não me saiu da memória e jamais sairá, durante o show eu me perguntava “Como é que ele consegue tocar isso?” hahahs coisa de quem só sabe tocar bateria e guitarra imaginária enquanto está no trânsito de São Paulo.
Sem contar a atenção que dão nas redes sociais, responderam meu inbox no facebook o que me cativou ainda mais. Nunca os vi tocar na rua, mas pude ver os vídeos na internet e garanto que ganharam mais uma fã (que levou mais dois ao show) e tenham certeza que vou espalhar aos meus amigos as músicas maravilhosas que melhoraram minha sexta-feira (10), apesar de o meu gato andar magro demais.

Parabéns, sucesso, muitos shows, muita dança, muito carinho, nunca percam o belo sorriso e continuem espertos feitos gatos, com ou sem bigodes. São os mais sinceros votos de uma garota em busca de boas músicas (em meio a tantas músicas ruins) para os Mustache e os Apaches Pedro Pastoriz, Tomas, Axel Flag, Lumineiro e Jack Rubens.

Que tal tomar um banho, se barbear?
Ir à cidade e depois voltar? 
Não? Ok, vamos ver algumas fotos...

Enquanto isso, ouça o som deles aqui.

Isso foi o que meu celular permitiu, mas o que vale é ter um gostinho de quem eles são, as melhores fotos estão registradas na memória :)


Tomas, Axel Flag, Pedro Pastoriz e o braço do Jack Rubens

Soundcloud
 Lumineiro, Tomas, Axel Flag, Pedro Pastoriz e Jack Rubens

Platéia no palco.



E para conhecer um pouco mais...



Twang



Nega Lilu






Borghetti, Maísa.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014



Eu quero uma tela, um pincel,  tinta e piano ao fundo. Pintar tudo o que sinto, pintar do meu jeito, depois quero pendurar em uma parede que eu passe toda hora, que é para sempre me lembrar como me senti enquanto só pensava no momento em que eu estava vivendo.



Borghetti, Maísa.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Sobre ser feliz.

Quem já se perguntou o que é felicidade?
Já escrevi sobre isso em outras épocas, já senti vontade de ser feliz, já me senti infeliz e já me senti feliz. Hoje, por exemplo, sou feliz.
Vi o trecho de uma entrevista com Mário Sérgio Cortella e passei a pensar melhor sobre a tal felicidade.
Temos aqui a entrevisca com o Cortella, e o trecho de texto que publiquei aqui no blog em 4 de setembro de 2009 (texto completo aqui):







Eu escolho o que sinto

Se eu quiser ficar feliz eu fico, basta um sorriso e pronto, estou feliz.
Não dependo de ninguém para sorrir, posso me olhar no espelho e fazer algumas caretas, posso ler uma piada, assistir um programa de humor ou rir do nada, não dependo de ninguém para ser feliz, não mesmo!
Depender do outro é difícil, é uma alegria momentânea, inconstante.
Por quê?
Simplesmente porque nem sempre o outro está bem e disposto, às vezes diz coisas que chateiam ou tem atitudes inesperadas e você nem sempre sabe o que faz e acaba ficando triste, ou seja, o que era doce se acabou e o ditado “Nada dura para sempre” se torna real, tudo por causa do outro, das atitudes do outro.
Tom Jobim que me desculpe, mas não concordo mais com a frase “É impossível ser feliz sozinho”, mudo, digo que é impossível ser sempre feliz com alguém ao lado.
Vou procurar a felicidade na beleza da vida e da minha cidade, vou rir com peças de teatro e piada de amigos, nos finais de semana não preciso de ninguém para me fazer companhia, posso ir dormir mais cedo e passar mais tempo com a minha família.




Maísa Borghetti.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Como dizer o que o coração só sabe sentir?

Eu gosto tanto do amor, e gosto de você também. 
E de pessoas românticas, programas românticos, e também gosto de poesia. Mas eu nem sei o que é poesia.
Eu sei o que é você, quem é você.
Gosto de coisas que me fazem pensar, refletir, músicas que posso sentir e dançar com o vento, você me entende?
Eu não sei se você gosta disso ai que eu falei, se você sabe o quanto é bonito e da sua sensibilidade, do seu romantismo, mas eu vejo isso em você.
Eu gosto do amor, de você, de pessoas e programas românticos, de poesia, de pensar e refletir, e gosto de músicas e de dançar com o vento, e eu gosto de você.
Você me parecia pedra, me parecia frio. Eu nunca gostei do frio, mas em você eu vi graça.
Não sei qual é a graça disso tudo, mas eu vi nos teus olhos que algo queria sair de dentro do seu coração, do fundo da sua alma.
Senti que você queria gritar, fugir, correr e não sabia como ou para onde.
Eu não sei o que me deu e nem como pude enxergar isso tudo em você, eu estava passando por uns dias frios, mas eu consegui ver. Paguei para ver.
Eu nem sei quando foi que começou a fazer frio a minha volta, só sei que fez.
E quando eu te conheci eu te olhava e só via neve, foi quando resolvi reparar bem no fundo dos teus olhos e vi que algo queria sair de dentro do seu coração...  Bem, isso tudo eu já disse.
O que quero dizer é que mesmo gostando disso tudo e não sabendo se você gosta (porque você ainda se esconde um pouco de mim), eu gosto de você o mesmo tanto, e tanto que eu não desgrudo.
Eu me agarro em você feito criança que agarra na mãe com medo de palhaço. Teu rosto é perfeito, tão perfeito que fico olhando feito boba, feito Romeu contemplando sua amada.
Pobre Romeu, não teve a mesma sorte que eu.
Sim eu tive sorte, e muita. Em um belo dia eu estava sem fazer nada e sem querer nada, foi quando eu resolvi falar com você e te chamar, sem intenção, para ir me encontrar. Mas essa história você já conhece.
Sabe que quando eu te olho... eu não consigo explicar o que sinto, é muito bonito o que nasceu dentro do meu coração. Nasceu do seu para o meu, e assim foi. Melhor, assim ficou.
Quando você chega tudo sorri, arrepia, dá vontade de morder cada parte de você que é só para saciar o que sinto. É como se só faltasse você para o sol brilhar, para tudo fazer sentido. Quando você chega toda música é bonita.
Você é brisa leve no verão, calor no inverno, você é você e é especial. O mundo para quando você está perto e por mim pode continuar parado, mas a hora voa quando você vem como se sentisse inveja de me ver feliz por tua companhia. Eu não ligo para ela porque sei que a eternidade está do nosso lado.
Em qualquer lugar que me leve, do mais fino ao mais humilde eu vou amar simplesmente porque você está lá. Pode ser em um parque em dia de sol, em um banco perto do lago, no centro da cidade comendo hot dog prensado, qualquer lugar está bom. 
Você entende quando eu falo?
Não consigo explicar muito bem, Rubem Braga que me ajude:
” É de dar vergonha tanto amor. É latifúndio coronário, monocultura cardíaca – como um país inteiro plantado aos pés dela. O delírio repetindo igualzinho. Você me emociona. Parece feita de terra. Tudo é verdade começando por você.
(...)O mundo pode espernear à vontade. Eu ainda vou fazer uma canção pra você. Vou apontar e te dizer, “olha que lindo!” e você vai sorrir pra mim, olhando nos meus olhos sem nem se importar com o que eu estou apontando. Você é a coisa mais bonita que eu já vi.”.
Isso me ajuda um pouco a expressar.



Borghetti, Maísa.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Hoje foi assim, apertei o play e sofri com todas as músicas que ouvi
Tentei fugir passando adiante, mudando de música, de playlist, mas não teve jeito
Então decidi respeitar a minha dor e não engolir o choro de dentro do coração
Deixe a música me levar para onde quer que seja...



Borghetti, Maísa.